segunda-feira, 27 de julho de 2009
manezinho adotivo(james pizarro)
No dia 8 de março de 2008, depois de viver mais de 65 anos em Santa Maria, RS, abandonei a cidade. Por várias razões. Uma delas, a mais "light", é que sempre alimentei o sonho - junto com minha mulher, Vera Maria - de morar na beira da praia, especialmente numa praia de Florianópolis, a 19 km do centro da cidade, chamada Canasvieiras. Outras razões poderiam ser alinhavadas, entre as quais meu desejo de continuar trabalhando, tanto em universidades, como dando cursos, fazendo palestras, como trabalhando em rádio e TV. Em Santa Maria eu participava de um programa na Rádio Antena 1, chamado "Sala de Debates”, por convite do diretor da rádio, meu fraterno e fidelíssimo amigo, chamado Paulo Ceccin, jovem empresário daquela comunidade e também Secretário de Turismo da Prefeitura Municipal. Alguns poucos colegas debatedores gostariam de me ver fora do programa... Mas essas críticas e má vontade de alguns poucos nunca me fez desgosta-los, pois sempre aceitei todas as pessoas como elas são, jamais emiti juízo de valor nem tive atitude censuratória sobre o modo dos outros falar, vestir, expressar-se. Quando resolvi sair da cidade, a direção da emissora e funcionários, assim como cinco debatedores, me ofereceu um belo e comovedor jantar de despedida. Tinha também um programa de TV, no Canal 16, na TV Câmara, onde estava no ar já há quase quatro anos.Os funcionários do setor de imprensa da Câmara de vereadores, assim como os vereadores sempre me trataram com total respeito e consideração, só deixando amigos entre eles. E escrevia uma página dominical no jornal A RAZÃO, sempre sobre a memória da cidade, já que os historiadores oficiais não fazem este trabalho. No jornal tenho amigos de mais de 40 anos. Mas eu gostaria de continuar minha atividade universitária também. E isso me foi negado, apesar da cidade ter sete universidades. As desculpas eram diversas ... ora eu era um professor muito caro, pois se me despedissem teriam de me pagar em dobro as indenizações, tipo FGTS, devido à minha idade...ora era porque eu já estava velho...ora é porque eu criticava muito o governo e me tornava polêmico, causando incômodos para a universidade...enfim, eu não tinha o perfil de “cachorro-com-o-rabo-no-meio-das-pernas” exigido pelos dirigentes. Faço a ressalva do total apoio, simpatia, companheirismo dos meus ex-alunos, dos jovens da cidade, dos dependentes químicos que ajudei e ajudo a ressocializar,dos aidéticos e travestis (com os quais passei a conviver em função de atividades como Ministro da Eucaristia da Igreja Católica), etc...enfim, os "alternativos" da cidade sempre foram fraternos, assim como os jovens. Tanto foi que a cidade me encheu o saco. Muita vaidade, muita visão pequena, muito histerismo paroquiano, muita gente comendo pirão e arrotando peru. De sorte que, estimulado por meus filhos, netos, mulher...nos mudamos de mala e cuia para Canasvieiras, na ilha mágica de Santa Catarina, este pedaço do paraíso em terras brasileiras. Moro a vinte metros do mar, com o Oceano Atlântico à minha disposição, em companhia dos cães vadios da praia, para os quais toda manhã cedo levo restos de comida. Eles são acolhedores, íntimos, sinceros, agradecidos. Prefiro a companhia deles, com sarna e pelos cheios de sal e areia, do que a simples visão de algumas figurinhas carimbadas da city que deixei. Além dos cães errantes, tenho as gaivotas, os albatrozes e os atobás. Tudo orquestrado pelo doce barulho das ondas. Ao lado da mulher amada. Que mais pode querer um homem às vésperas dos 65 anos ? Já recebi convite para fazer um comentário diário numa rádio comunitária daqui da praia...outro para dar aula de Ecologia na Faculdade de Turismo e Hotelaria no segundo semestre. Mas não respondi a nenhum deles. Estou convivendo com pescadores, ajudando a puxar rede de arrastão com minha mulher. Ganho tainhas e prateados peixe-espadas de presente. Estou ficando preto de sol. Estou me contaminando com o bioritmo da ilha. Na realidade, sem pessoas "importantes" por perto, estou sendo um mamífero feliz. Sem medos. Sem doenças. Sem remédios. Sem vaidades. Na realidade, estou me transformando num "manezinho" adotivo. Que Deus seja generoso comigo e com minha mulher...e que nos torne cada vez mais sem ambições, mais bichos de praia, companheiros de cães sem destino, pescadores alegres. Deus queira que um dia meus netos entendam...desenvolvam sensibilidade para entender como é bom rezar livremente, sentado na areia, deixando os pés ser lambidos pelas águas...agradecendo a Deus por mais 24 horas de vida. Nestas horas de reflexão, vejo como gastei tempo em responder provocações tolas e me deixar levar por algumas vaidades momentâneas, das quais me penitencio agora. Amém.
duplicação sc 401 trecho norte
A população do norte da Ilha e os visitantes dos balneários da região terão que escolher entre pagar o pedágio da Rodovia SC-401, que foi alvo de protestos e contestação judicial, ou continuar a conviver com os constantes engarrafamentos no trecho ainda não duplicado da estrada, entre Jurerê e Canasvieiras. Essa é a avaliação feita na primeira quinzena de março pelo governador Luiz Henrique da Silveira. No início do ano, o governo do Estado havia acenado com a possibilidade de renegociar a indenização exigida judicialmente pela Engepasa, cuja subsidiária Linha Azul é concessionária da estrada, a fim de completar a duplicação.
Agora, o governador defende que o governo do Estado não tem condições de pagar o valor, em torno de R$ 660 milhõs, e que a única solução seria achar uma saída para a empresa retirar a ação contra o governo do Estado, o que poderia ser obtido através da cobrança do pedágio, que sofreu impedimento legal, gerando um impasse que se arrasta há mais de 12 anos. Com a medida, o governo espera retomar o controle sobre a rodovia. O governador alega que não há mais condições de adiar a duplicação, com o grande crescimento da região e a perspectiva de novas obras como a Arena Multiuso a ser construída no Sapiens Park, em Canasvieiras, e a ampliação do Centro Administrativo, no Saco Grande.
As negociações para tentar resolver o impasse da SC-401 estão sendo conduzidas pela Secretaria Estadual de Articulação Política, Procuradoria Geral do Estado e Departamento Estadual de Infra-Estrutura (Deinfra). O presidente do Deinfra, Romualdo França Júnior, diz que tem participado de diversas reuniões sobre o assunto, mas que essa proposta de trazer o pedágio de volta simplesmente reflete o ponto de vista do governador e não significa que necessariamente será apresentada. “Essa afirmação reflete a preocupação do governador com a situação da rodovia, mas não me cabe opinar sobre isso, seria necessário verificar a viabilidade da proposta do ponto de vista legal”, afirma França Júnior. A proposta já gera polêmica entre as lideranças comunitárias. A presidente da União Florianopolitana de Entidades Comunitárias (Ufeco), Ãngela Maria Liuti, acredita que a proposta do governador será combatida pela comunidade como foi da primeira vez. Os líderes têm uma reunião programada para o dia 24 de março. Uma das medidas possíveis é a reativação do movimento Floripa Sem Pedágio.
A rodovia também sofre com a encosta que sofreu um grande deslizamento durante as fortes chuvas do final de novembro e ainda apresenta riscos de novos desmoronamentos. O Ministério Público Estadual chegou a abrir um inquérito para apurar o que está sendo feito para resolver a situação. O Deinfra informa que o projeto para construção de um muro de contenção no local está pronto e aguarda rcursos federais para dar início ao processo de contratação da construtora.
abaixo fotos tirados no dia 23/07/2009.
Da redação: Alexandre Winck (jornal folha donorte da ilha)
pesquisas e fotos (claudio)
obras na sc 401
Começam obras de contenção da encosta na SC-401 em Florianópolis
12/06/09
Previsão é de que os trabalhos estejam prontos até outubro
O Departamento Estadual de Infraestrutura (Deinfra) começou a preparação para as obras de contenção da área de encosta que desmoronou sobre a SC-401, no norte de Florianópolis, em função das chuvas de novembro do ano passado.
Por enquanto, está sendo feita a limpeza no topo do morro, com a retirada das árvores. O trabalho foi autorizado pela Fundação do Meio Ambiente (Fatma). As plantas nativas, como bromélias, são replantadas na mesma região.
Depois da limpeza, começam efetivamente as obras de contenção. Serão feitos muros e degraus na encosta, que devem ajudar a escoar a água. A previsão é de que os trabalhos estejam prontos até outubro.
(DC, 12/06/2009)
fonte -http://floripamanha.org/
pesquisa-claudio bem bolado eventos.
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